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Bulimia Nervosa (BN)

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A Bulimia Nervosa (BN) é mais frequente que a Anorexia (AN). Ocorre principalmente em adolescentes e adultos jovens, com prevalência no sexo feminino (2 a 3 mulheres para cada homem).

Tem início no final da adolescência, geralmente depois de tentativas frustradas de dietas muito restritivas, rígidas e categóricas (alimentos permitidos e proibidos), onde após horas ou dias, a fome se torna incontrolável e a pessoa tem um episódio de compulsão alimentar.                                                                     Características psicológicas – De forma geral, as pessoas com BN apresentam perfeccionismo, baixa autoestima, comportamentos autodestrutivos, dificuldades em lidar com emoções negativas e frustrações, impulsividade, baixa capacidade de resolução de conflitos. O perfeccionismo envolve um pensamento rígido do tipo “tudo ou nada”, ou está perfeito ou está péssimo, com dificuldade de enxergar e aceitar um meio-termo.                                

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Os episódios são caracterizados por um sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar (um sentimento de não conseguir parar de comer ou de controlar o que ou o quanto está comendo), dentro de um período de 2 horas, consumindo uma grande quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria durante um período similar e sob circunstâncias similares. Seguidos de métodos compensatórios e inadequado, para prevenir o ganho de peso.

O ciclo vicioso:

A pessoa tem preocupação e insatisfação excessivas em relação ao seu corpo e suas formas corporais.
Começa então com uma dieta com restrição de alimentos que possam engordar, mas com menos obstinação do que os pacientes com AN.

O seu corpo passa a sentir as mudanças no hábito nutricional e num dado momento, ao sentir uma fome incontrolável, ele devora rapidamente tudo o que encontra pela frente.
Sente-se imediatamente culpado, ocorrendo-lhe a ideia de induzir o vômito para não engordar.

Este comportamento lhe traz satisfação e alívio momentâneos.
O paciente pensa ter descoberto uma maneira de manter o peso sem restringir os alimentos que considera “proibidos”.
Mas após o vômito surge a sensação de estar fazendo algo fora do normal, ele se sente ansioso, culpado e com piora na autoestima.
Então ele volta a fazer dieta e aumenta a sua restrição alimentar, tornando-se um ciclo vicioso.

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Tratamento

A busca por tratamento tende a ser tardia e pode depender da percepção da doença por familiares e amigos.

Os fatores que podem dificultar a identificação precoce da BN é o peso, que pode ser normal ou próximo do normal, e a vergonha da doença, que faz o paciente esconder as evidências de compulsão e purgação.

O envolvimento da família no tratamento tem um papel fundamental e também melhora as chances de sucesso.

A maioria das pessoas com bulimia nervosa compreende que seus comportamentos são inadequados e que precisa de ajuda. Procuram mais tratamento, percebendo-se geralmente doentes e evidenciam maior sofrimento diante do quadro. Em alguns casos essa busca é adiada, pois eles sentem culpa e muita vergonha de seu comportamento.                                                                                                                    

O objetivo do tratamento é a normalização do comportamento alimentar compulsivo e da compensação. A principal queixa dos pacientes com BN, é a perda do controle nas compulsões.

O tratamento psicológico, envolve, reconhecer e aprender a lidar com os “gatilhos” dos episódios de compulsão. Aborda questões de autoestima. Pensamentos rígidos do tipo “tudo ou nada”, relações familiares, impulsividade, comportamentos autodestrutivos, aversão a conflitos, medo de abandono e outros fatores que impactam a qualidade de vida e a evolução do Transtorno Alimentar.

Com o tratamento adequado, cerca de 70% das pessoas com BN recuperam-se totalmente após alguns anos. Entretanto, em um terço das pessoas, a doença persiste ao longo do tempo, alternando períodos de recuperação com períodos de recaída. Quando o tratamento ocorre logo no início dos sintomas, as chances de recuperação total são maiores.

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