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Aqui vou falar um pouco da importância do acompanhamento psicológico (com um expertise no assunto), pré e pós Cirurgia Bariátrica.

A obesidade, considerada uma epidemia mundial, é entendida como uma doença multifatorial, com influência de aspectos genéticos, hormonais, culturais, ambientais e psicológicos. Ademais, mostra-se relacionada a comorbidades médicas e dificuldades psicológicas, como sintomatologia de ansiedade, depressão, isolamento social e estratégias de enfrentamento inadequadas.

Quando a obesidade atinge níveis mais graves, há a possibilidade da realização da cirurgia bariátrica, que promove rápida perda de peso, porém, não garante a manutenção dos resultados.

 

É preciso que se tome muito cuidado com a ilusão que alguns pacientes têm de que a cirurgia bariátrica pode resolver todos os seus problemas, inclusive aqueles alheios à cirurgia e à obesidade. Alguns deles acabam achando que, após a cirurgia, problemas emocionais, sociais e profissionais, entre outros, vão se resolver por terem se libertado da obesidade, o que acaba levando a uma possível frustração diante de desejos não conquistados pela cirurgia e perda de peso.

O PSICÓLOGO NA CIRURGIA BARIÁTRICA

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O papel do psicólogo é o de avaliar se o indivíduo está apto emocionalmente para a cirurgia e auxiliá-lo quanto à compreensão de todos os aspectos decorrentes do pré e pós-cirúrgico.

Entende-se que a perda de peso duradoura é apenas possível com uma total mudança de hábitos do indivíduo. Nesse contexto surge a necessidade de intervenções psicológicas como facilitadoras do processo de desenvolvimento de estratégias de enfrentamento eficientes e redução de sintomatologia psiquiátricas, além de uma melhor adesão ao tratamento.

As informações discutidas durante a avaliação não servem apenas para avaliar o preparo do candidato, e dar o Laudo para a cirurgia, mas também para aumentar as chances de sucesso no ajustamento após a operação.

O psicólogo assume diferentes papéis no momento da avaliação: é um pesquisador, coletando dados; um educador, provendo informações; e, ainda, um terapeuta, aumentando a motivação e gerenciando as emoções emergentes durante a avaliação. Ou seja, entender melhor a motivação do paciente, seu preparo e os fatores emocionais que podem impactar em sua adaptação à vida após a operação e às mudanças de estilo de vida associadas.  

 

Após a cirurgia, o acompanhamento psicológico não é uma maneira de dar dicas sobre como ser magro. O objetivo principal, na verdade, é acompanhar o processo de adaptação da operação ao modo de vida do paciente. “É importante que fiquem claros os objetivos do tratamento e a parte do próprio paciente, ou seja, no que ele vai precisar colaborar”. 

 

Esses dados podem ser cruciais para que o ex-obeso, realmente, adapte-se à nova vida sem sofrimento.

É no consultório do psicólogo que eles entenderão o papel da comida em suas vidas e, principalmente, como vencer eventuais frustrações sem precisar dela como muleta. “A pessoa está operando o estômago, não a história de vida”. Ainda que não volte a engordar, os conflitos continuam ali e precisam ser trabalhados.

Psicólogos são profissionais orientadores e facilitadores do processo de transformação, no caso da cirurgia bariátrica.

TRATAMENTO

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A intervenção cirúrgica é uma das etapas do tratamento da obesidade.

O tratamento inclui um leque de possibilidades, dentre os quais se destacam elementos nutricionais, farmacológicos e psicológicos.

Após a cirurgia bariátrica, os pacientes constantemente voltam a seus médicos para fazer exames diversos para acompanhar os efeitos físicos. No entanto, os efeitos psicológicos, que são tão importantes para o sucesso do tratamento e para a manutenção do peso do paciente, são deixados de lado. Ressalto, assim, a importância do acompanhamento psicológico.

A Psicologia tem foco preventivo e educativo, bem como de acompanhamento dos processos individuais, isto é, de como cada um vive sua experiência de emagrecimento, que se dá de forma rápida e muitas vezes surpreendente.

Junto com o novo corpo, as relações familiares e sociais se transformam, porque a relação do indivíduo consigo próprio também muda. É difícil imaginar que ao emagrecer algo possa mudar para pior, mas novos fatores de stress surgem e precisam ser trabalhados.

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